Reator nuclear ITER custa 20 bilhões de Euros e será obsoleto antes de concluído
A busca por fontes geradores de energia por meios renováveis, que sejam capazes de fornecer energia em grande escala já vêem acontecendo à vários anos. Como exemplo podemos citar o reator nuclear ITER (sigla para reator experimental termonuclear internacional).
O reator nuclear ITER é um projeto que foi iniciado em 2006, antes mesmo dos avanços da energia solar no mundo. Diferente das usinas nucleares que operam hoje, através da divisão dos átomos, o ITER promete gerar energia através da fusão de átomos, este processo acontece a uma temperatura 10 vezes mais quente que o Sol, em torno de 150 milhões de graus Celsius. São necessárias mais de um milhão de peças para a construção do reator, para a construção e fornecimentos destas peças, 35 países estão envolvidos no projeto.
O que em 2006 parecia ser um projeto de alto custo, em torno de 20 bilhões de Euros. Hoje, corre o risco de antes mesmo de ser finalizado, já se tornar uma tecnologia desnecessária.
Com a forte expansão do setor de energia solar fotovoltaica no mundo, tivemos uma forte queda nos preços. O custo de um painel solar hoje, comparado à 2006, é cerca de 62% mais barato. No mesmo período, houve também avanço nas tecnologias para energia eólica (geração de energia através dos ventos), as turbinas estão maiores, mais potentes e com custo reduzido.
A promessa de que o ITER teria a função de garantir a oferta de energia elétrica é colocada em dúvida frente ao avanço das tecnologias solar fotovoltaica e eólica. O projeto no entanto, trouxe avanços tecnológicos para o setor elétrico, como por exemplo os fios de nióbio, supercondutores usados para as reações nucleares produzidas pelo ITER. No futuro, eles podem servir para transmitir altíssimas voltagens de energia, reduzindo as percas por transmissão e distribuição do sistema elétrico.
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